É Sempre Melhor Jogar Em Grupo


Olá Pessoal


 Como Post inaugural aqui no blog, eu decidi falar sobre algo que têm sido parte do que eu acho que seja em torno de 70% da minha vida: Jogar com os amigos. Antes de começarmos a falar no assunto, quero dizer a vocês que esse post não representa nada mais que uma posição pessoal levemente embasada em um conhecimento bem raso sobre o assunto; mas apesar disso, espero que sejam do interesse de vocês.


 Uma das Principais mudanças que ocorreram na vida dos gamers que não nasceram na geração “pós online multiplayer”,  é sem dúvidas, a experiência de como se jogar em grupo. A internet possibilitou que grandes grupos de pessoas se unam online para partilhar a experiência de um jogo. Fator este que é com certeza evidenciado hoje em dia pelos inúmeros MMO’s, FPS’s, MOBA’s , e etc. A Intenção por traz de tudo isso, na mais singela das hipóteses, é a de expandir a experiência de jogo e fazer com que o jogador possa partilhá-la com uma quantidade maior de pessoas simultaneamente. Creio que a simulação próxima da realidade de combates em tempo real tenha sido uma agradável consequência dessa intenção.

 Contudo, pode se dizer que hoje em dia partilhamos mais a nossas experiências de jogo do que antes? Estamos em convergência com as intensas emoções que se espera que estes jogos arranquem de nossos corações? Eu tenho minhas dúvidas a respeito disto.

 Quando experimentamos uma sensação, o nosso cérebro envia, entre os neurônios, os impulsos elétricos (sinapses) que são responsáveis por nos caracterizar esta determinada experiência e a firmarmos como uma memória. As experiências criadas por este processo são as memórias de curto prazo, que serão perdidas se não foram repetidas ou reforçadas. Desta forma, elas serão armazenadas no hipocampo e se tornarão memórias de longo prazo. Estas estão grudadas em nossa mente de maneira mais efetiva e são mais facilmente acessadas por nós. Todavia, mais do que experiência, o cérebro se lembra de sensações! Quando vencemos o último chefe de um jogo ou conseguimos vários headshots seguidos em uma partida, somos mais capazes de nos lembrar como nos sentimos naquele momento do que do momento em si.

 Este processo de armazenamento de sensações é incrivelmente estimulado quando nós partilhamos estas experiências em conjunto; e o virtual o online obviamente não é tão intenso quanto o contato real. Afinal, somos animais sociais, como conta Matthew Liberman em “Social”. O ser humano possui um senso comum que o faz viver em conjunto pois isto é benéfico para si.

 Antes de ser apresentado aos RPG’s de mesa, meu primeiro jogo com mais de dois jogadores foi num Xbox em uma Lan House que pertencia a um velhinho que fazia as melhores cocadas do mundo. A experiência de poder unir mais 3 amigos e quebrar a cara de todos eles foi inédita e extremamente animadora... em parte pela grande quantidade de cocadas que comíamos.

 Sempre me foi claro que partilhar a diversão e a matança proporcionada pelos jogos (eletrônicos ou não) é bem mais bem vinda quando a pessoa que o xinga quando perde está ao alcance de seu braço. Mas se ainda há dúvida em suas mentes acerca disto, eu proponho o seguinte teste: entre uma sala de um fps qualquer e perceba que a maioria dos Fulano_mata_noob que xingam a sua mãe ao perderem, talvez o façam em consequência da baixa empatia de sempre jogarem sozinhos, mesmo que em salas lotadas de jogadores.

 Não tenho intenção nenhuma de desencorajar qualquer pessoa que seja a jogar online. Muitas vezes é um entretenimento bastante prazeroso. Mas ainda assim quero incentivar a todos que partilhem cada vez mais as experiências pessoais que tenham, mesmo que não sejam durante os jogos. Para que não nos consolidamos como uma geração de pessoas rasas, sempre conectadas, só que mais distantes do que nunca.

Considerações Finais

Qualquer crítica ou sugestão é bem vinda desde que tenha bom senso. Obrigado. E para aqueles que ainda não conhecem o bom o velho RPG de mesa: Vocês não sabem o que estão perdendo!



Por Balduino Carvalho 
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